Um dos aspetos importantes a ser trabalhado nos nossos alunos é a questão comportamental e a sua atitude perante o trabalho. Deparada com essa questão várias vezes, ao longo destes seis anos que leciono, algumas ideias foram surgindo, umas com melhores resultados do que outras, mas é sempre assim.
Como é uma questão que exige sempre o uso da nossa imaginação, partilho aqui algumas estratégias que fui utilizando e que foram funcionando com os meus alunos.
Avaliação diária do comportamento
Para os grupos de 1º e 2º anos de escolaridade, utilizei esta tabela de avaliação em que eles têm os dias úteis do mês em que se encontram e diariamente têm que pintar as carinhas de acordo com o seu comportamento diário. No final do dia está sempre reservado um momento para que aconteça essa avaliação. No final do mês, assinam a folha o aluno, a professora e o encarregado de educação.
Aproveitei também esta tabela para trabalhar o calendário, os dias e meses do ano, os dias úteis (pois lá só aparecem os dias úteis), enfim, depois é usar a imaginação e utilizá-la da melhor maneira.
Quando tive um grupo de 3º e 4º anos, a grelha de avaliação era mais complexa. Esta grelha foi cedida por uma colega. Nela os alunos diariamente registavam a sua assiduidade, pontualidade, realização dos trabalhos de casa, atribuiam uma nota qualitativa ao seu comportamento e participação. Esta também era assinada no final do mês pelos aluno, professora e encarregado de educação.
Para além da tabela, estão afixadas cinco caras com cores diferentes, no placar. Cada cor representa uma nota qualitativa do comportamento que poderá ser alterada ao longo do dia consoante o comportamento e desempenho do aluno. Todos os dias os alunos começam sempre na carinha verde. A cara verde representa o excelente, a azul o satisfaz bastante, a amarela o satisfaz, a vermelha o não satisfaz e a castanha o fraco.
Caixa das boas ações
Cansada de estar sempre a escutar as queixas constantes de que alguém bateu em alguém e fez uma asneira, eis que surgiu uma ideia. Na altura estava a ler o livro A criança que não queria falar de Torey Hayden e, inspirada neste, criei a caixa das boas ações. Os alunos foram convidados a observar as boas ações realizadas pelos colegas, registando-as e colocando-as na "caixa das boas ações". No final da semana, que era quando fazíamos a avaliação da semana, eram lidas as boas ações. À medida que líamos, era registado numa tabela quem observou a boa ação e quem a praticou.
Nesse ano, os problemas no pátio diminuíram consideravelmente, pois todos queriam ter uma marca no seu nome e serem valorizados pelos colegas.
O meu porta-moedas
Quando estava a ensinar aos meus alunos, do 2º ano, a relação dos euros e cêntimos, as notas e moedas, surgiu-me a ideia de usar o dinheiro para os incentivar a melhorar o seu desempenho escolar. Todos construiram o seu porta-moedas a partir de um pacote de leite de 1 litro. Depois o dinheiro que eles tinham foi todo colocado numa caixa, o "banco", que está sempre comigo. Em seguida, distribuí o mesmo número de notas e moedas por todos. Todos os meses, eles voltam a receber a mesma quantia, como se fosse um ordenado. Durante o mês, consoante as notas dos testes, o seu trabalho e desempenho, eles receberão mais dinheiro, ou terão que pagar ao "banco". O objetivo é que eles percebam o valor do dinheiro e que saibam dar o valor devido ao trabalho dos pais e que compreendam que para obterem as coisas têm que se empenhar e trabalhar.
Para além desta questão do trabalho, aproveito também para trabalhar a noção de quantidade, pois eles têm que fazer trocos, compreender quais são as moedas e notas de maior e menor valor, etc.
Estas foram e são algumas das estratégias utilizadas com os meus alunos. Algumas funcionaram melhor que outras, pois depende do grupo que temos, das necessidades do mesmo, etc. Temos é que ter imaginação. Aceitam-se sempre sugestões!
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One of the important aspects to be improved in our students is the behavioral and attitude question towards work. Stopping with this issue several times over the six years that I teach, some ideas have emerged, some with better results than others, but it is always that way.
How is a question that always require the use of our imagination, here I share some strategies that I have been using and working with my students.
Daily evaluation of the behavior
For groups of 1st and 2nd grade of school, I used this scale of assessment in which they are the working day of the month in which they are. Daily they have to paint the faces according to their daily behavior. At the end of the day is always reserved a time for this assessment to happen. At the end of the month, sign the sheet the student, the teacher and the parent.
I also take this table to work schedule, days and months of the year, working days (because there appear only weekdays), just using your imagination and use it best.
When I had a group of 3rd and 4th grade, the evaluation grid was more complex. This grid was transferred by a colleague. Here the students recorded their daily attendance, punctuality, completion of homework, assign a grade to their qualitative behavior and participation. This was also signed at the end of the month by the student, the teacher and the parent.
Beyond the table, five faces with different colors are posted on the scoreboard. Each color represents a note qualitative behavior that can be changed throughout the day depending on the behavior and the student performance. Every day the students will start in the green face. The green represents the excellent, the blue represents the good, the yellow represents the medium, the red does not satisfy and the brown very week behaviour.
Box of good deeds
Tired of always listening to the constant complaints that someone hit someone and made a mess, there came an idea. At the time I was reading the book “One Child” by Torey Hayden, and inspired by this, I created a box of good deeds. Students were invited to observe the good deeds done by their colleagues by registering them and putting them in the “good deeds box”. At the end of the week, it was when we made the evaluation of the week, were read the good deeds. As we read, was recorded in a table who observed the good deed and who practiced it.
My purse
When I was teaching my students, from the 2nd grade, the relationship between the euro and cent coins, banknotes and coins, I came up with the idea of using money to encourage them to improve their school performance. Everyone built their purses from a carton of milk, 1 liter. After the money they had all been placed in a box, the “bank”, which is always with me. Then distribute the same number of notes and coins for all. Every month, they receive the same amount, like a paycheck. During the month, depending on their grades, their work and performance, they will receive more money, or will have to pay to the "bank". The goal is that they realize the value of money and learn to give value to the work of parents and understand that to get things must strive and work.
Beyond this question of work, take the opportunity to work with them the notion of quantity, because they have to make small change, to understand which coins and notes the highest and lowest value, etc..
These were and are some of the strategies that I used and still use with my students. Some had better results than others, it depends on the group that we have and their needs, etc.. We must have some imagination. Suggestions are always accepted !
Ana Arada