quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"História alegre de Portugal"

        Ainda continuando com a história de Portugal, cá vai mais um achado para que os nossos alunos aprendam esta matéria de forma interessante e cativante. Muitas pessoas já se cruzaram com estes livros: História alegre de Portugal volumes I e II de Manuel Pinheiro Chagas, ilustradas por Artur Correia.

        Artur Coreia, pegou na obra de Manuel Chagas, do século XIX, e adaptou-a aos nossos dias, aproveitando a narrativa, fazendo uma ilustração fantástica em que "ironia e candura se aliam de forma perfeita" (em História alegre de Portugal).

        Estes livros apresentam todas as passagens da nossa história em banda desenhada, com umas imagens muito cativantes, muito humor e ironia à mistura.

        O livro começa com o Sr. João, mestre-escola, que junta amigos e família em sua casa para escutar algumas das suas histórias. Nesse dia, cansado de contar "histórias da Carochinha", decide contar a história do nosso país, Portugal. Depois é só continuar a folhear os dois livros, ler e animar-se com as imagens de Artur Correia, muito bem conseguidas.

        Até para nós, adultos, é divertido conseguindo fazer-nos soltar umas boas gargalhadas. Agora, novamente editados e num tamanho mais pequeno, o livro tornou-se mais simples de transportar e ler.
Ana Arada

História de Portugal - livros digitais

       O Instituto Camões disponibiliza agora, em formato digital a colecção de histórias, lançadas pelo Jornal Expresso, sobre os nossos reis. Cada livro fala de um rei diferente da nossa história: D. Afonso Henriques, D. Dinis, D. Pedro, D. João I, D. João II, D. Manuel I, D. Sebastião, D. João IV, D. José, D.Pedro IV, D. Maria II e D. Carlos I.


       Não se pode falar dos nossos reis, sem falar de um momento muito importante e marcante da história de Portugal, os Descobrimentos. Este capítulo da nossa história também se encontra disponível pelo Instituto Camões em formato digital.


       Tal como os livros, que eram acompanhados por um cd que narrava a história e continha canções, os livros digitais também são acompanhados com narrativa audio e as mesmas canções sobre cada rei, cada momento da história dos Descobrimentos. Para finalizar, temos algumas questões para responder sobre as histórias lidas e ouvidas, de forma a consolidar os  conhecimentos.

       É uma forma lúdica de aprender a nossa história, que para alguns alunos, devido à sua complexidade, acham difícil, e como eles dizem, "uma seca".

Ana Arada

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Torey Hayden - um exemplo a seguir / Torey Hayden - an example to follow

      "Nasceu em 1951, em Livingstone, Montana, nos Estados Unidos da América. Apesar de ter uma formação académica diversificada, dedicou grande parte da sua vida ao Ensino Especial e à escrita. Os seus livros inspirados nas crianças e adultos que conheceu no decurso da sua actividade profissional são bestsellers traduzidos para cerca de 30 línguas."

Retirado de: A Força dos Afectos de Torey Hayden, Editorial Presença

      Cá está um exemplo para qualquer um de nós que se encontra no ensino, principalmente a trabalhar com crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Esta professora dedicou a sua carreira a estas crianças com problemas graves comportamentais, deficiências, distúrbios, e tudo mais que poderia prejudicar uma criança, impedindo-a de desenvolver uma aprendizagem normal.

       Traduzidas para Português temos as seguintes obras:

      Foi com Sheila (nome fictício) que Torey iniciou a sua obra como escritora, com estes dois livros que nos prendem logo a atenção e o nosso coração: A criança que não queria falar e a Menina que nunca chorava. Ambos falam da sua experiência com Sheila, e o seu grupo de alunos de Ensino Especial, como conseguiu ultrapassar as dificuldades e ajudar estas crianças que para além dos seus problemas visíveis, ocultam histórias marcantes por trás, nomeadamente Sheila que comove quem lê a sua história.



 


       Ainda não tive a oportunidade de ler todos, faltam-me apenas ler três livros, mas, os que já li, ajudaram a tirar algumas ideias que apliquei, e continuo a aplicar, com os meus alunos e que tiveram o seu sucesso, claro que algumas tiveram que ser adaptadas à realidade do grupo que tinha no momento.

      Quando lerem os livros da Torey, com toda a certeza vão relacionar algumas das experiencias que ela relata, com a vossa experiência profissional, com um momento na vossa carreira, com um aluno que vos marcou, com um Encarregado de Educação, enfim, leiam...

      Estes livros não são livros técnicos sobre crianças com NEE, mas, na minha opinião, dão uma ajuda maior, do que esses livros, muitas vezes escritos por alguém que não conhece a realidade de sala de aula. Torey não diz como se faz ou se deve fazer, ela é uma colega que apenas relata as suas experiências, umas que correram bem, outras nem por isso. Mas escreve com o coração e não com certezas, sem emitir juízos e inventar leis e pedagogias, apenas partilha a sua experiência e sentimentos.

      Colegas, e mesmo quem não se encontra ligado ao ensino, leiam e apaixonem-se por esta escritora, nossa colega que escreve com o coração.
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        "Born in 1951 in Livingstone, Montana, United States of America. Despite having a diverse academic background, has devoted much of her life to special education and writing. Her books were inspired by children and adults who met during the work are bestsellers translated into almost  30 languages. "

Retrieved from: A força dos Afectos of Torey Hayden, Editorial Presença

      Here is an example for any of us that lies in education, especially working with children with Special Educational Needs (SEN). This teacher has devoted her career to those children with severe behavioral problems, disabilities, disorders, and everything else that could hurt a child, preventing it from developing a normal learning.

        It was with Sheila (not her real name) that Torey began her work as a writer, with these two books that tie us immediate attention and our hearts: One child  and The tiger’s child. Both speak of her experience with Sheila, and her group of students needing special education, how did her overcome difficulties and help these children that, beyond their obvious problems, hiding behind remarkable stories, including Sheila that touches those who read her story.

        I have not had a chance to read all miss me just read three books, that are translated to Portuguese language, but those who have read, helped pull some ideas that I applied, and continue to apply with my students and had its success, of course some had to be adapted to the reality of that group had at this time.

      When reading the books of Torey, surely will list some of the experiences she recounts, with your professional experience, a moment in your career, with a student that marked you with a parent… just read it.

      These books are not textbooks on children with SEN, but in my opinion, give more aid, than these books, often written by someone who don’t really  know the reality of the classroom. Torey don’t say how to do or we should do, she is a colleague who just tells her experience, some that went well, others less so. But writes with her  heart and not with certainty, without making judgments and devise laws and pedagogies, only shares her experience and feelings.

      Colleagues, and even those are not connected to education, just read and fall in love with this writer, our colleague who writes with her heart.

Ana Arada

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Jogo Acordo Ortográfico

      Recentemente eu e uma colega fizémos uma formação na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, sobre o novo Acordo Ortográfico. No final desta formação tivemos que apresentar um trabalho sobre um dos diversos temas abordados.

       Durante a realização dos trabalhos, pudemos constatar que Portugal pouco se tem empenhado em simplificar esta questão, ao passo que o Brasil está muito à nossa frente, criando imensos jogos didácticos relacionados com o tema. Fica aqui um exemplo de um jogo, muito engraçado que podemos utilizar no espaço sala de aula, principalmente se tivermos quadros interactivos e acesso à internet.
      

       Visitem este site, é um jogo interessante e as nossas crianças depressa entram no esquema, e nós também!

      Partilho ainda um livrinho que fizemos para dar aos nossos alunos, com um resumo do novo acordo, é só imprimir, recortar e agrafar!


Ana Arada

Novo Acordo Ortográfico ano lectivo 2011/2012


       O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa será aplicado no sistema educativo e nas escolas portuguesas, em todas as disciplinas de todos os anos de escolaridade, a partir do início do ano lectivo de 2011/2012, em Setembro de 2011.

      Os manuais escolares utilizarão progressivamente a nova ortografia, seguindo o ritmo das novas adopções ou quando um manual já adoptado tenha de ser reimpresso durante o seu período de vigência. Assim, os novos manuais a adoptar para 2011/2012 já estarão de acordo com a nova ortografia, que, até 2014, será utilizada em todos os novos manuais adoptados.

      Durante o segundo período do presente ano lectivo, estarão acessíveis em linha, para todos os professores, informações úteis sobre o uso da nova ortografia e sugestões para a sua aplicação em sala de aula. Serão, ainda, disponibilizados materiais e instrumentos para o esclarecimento de dúvidas.

      Os exames nacionais e as provas de aferição serão, nesta matéria, objecto de orientações do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE), em devido tempo.

      No Portal da Língua Portuguesa, podem ser encontrados recursos auxiliares para a aplicação do acordo ortográfico. Em particular, neste portal encontram-se disponíveis o Vocabulário Ortográfico do Português e o Conversor Lince, que foram oficialmente adoptados pelo Governo. http://www.portaldalinguaportuguesa.org/

Retirado de:

sábado, 18 de dezembro de 2010

"As cores do arco-íris" / "The colours of the rainbow"

       
        Em Setembro, quando estive a escolher alguns livros propostos pelo Plano Nacional de Leitura, para trabalhar este ano lectivo, eis que me deparo com este livro lindíssimo As cores do arco-íris de Jennifer Moore-Mallino.

      Este livro fala-nos das raças, comparando o ser humano às diferentes cores do arco-íris que tem sete cores todas diferentes, mas todas juntas formam um lindo arco-íris. O ser humano é igual, vive em diferentes países, fala diferentes línguas, a cor da pele é diferente, a comida é diferente, a cor dos olhos também, enfim, existe uma imensa lista de coisas que nos diferenciam. No entanto, tal como o arco-íris, todos temos algo em comum: sentimentos, família, gostamos de brincar, de ter amigos e juntos formamos o nosso mundo.

      Baseado neste livro, as turmas do 1º e 2º anos juntaram-se durante os meses de Novembro e Dezembro com um projecto multicultural baseado nesta obra, tentando responder à questão: "Afinal seremos assim tão diferentes?". Foi isso, que os alunos destas turmas estiveram a descobrir neste projecto, que promete continuar ainda no 2º período.

       É um livro de fácil leitura, e que faz com que as nossas crianças desde cedo compreendam a famosa frase: "Todos diferentes, todos iguais" e aprendam a respeitar essas diferenças, tirando o melhor partido delas.
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       In September, when I was choosing some books proposed by the National Reading Plan, to work this year in school, here I come across this lovely book The colors of the rainbow  from Jennifer Moore-Mallino.
      This book talk about all the races, comparing humans to the differents colors of the rainbow, that has seven colors, all different, but all together make a beautiful rainbow. The human being is equal, living in different countries, speak different languages, skin color is different, the food is different, eye color also, there is a huge list of things that set us apart. However, as the rainbow, we all have something in common: feelings, family, we love to play, to have friends and together we form our world.
      Based on this book, the classes in the 1st and 2nd year, from Primary School, joined during the months of November and December with a multicultural project based on this book, trying to answer the question: "In what we are so different?". That is the question that the students in these classes were trying to discover in this project, which promises to continue even in the 2nd term.
       It is a readable book, and that makes our children early on to understand the famous phrase: "All different, all equal" and learn to respect these differences, making the best of them.
Ana Arada

Natal / Christmas

      
        Terminaram semanas de azáfama nas escolas: presentes, trabalhos de Natal, ensaios para as festas, testes, etc. Milhares de coisas que têm que ser feitas ao mesmo tempo.

       No colégio não foi diferente, como tal, fica aqui a partilha dos trabalhos que os alunos do 1º Ciclo fizeram nas suas salas.
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       Ended weeks of buzz in the schools: gifts, Christmas jobs, testing for the Christmas party, tests, etc.. Thousands of things that have to be done at the same time.
       In our school was no different, as such, here is the sharing of work that students of the Primary School did in their classrooms.

       Do 1º ano, com a Professora Ana Rodrigues / From the 1st grade, with the teatcher Ana Rodrigues:


       Do 2º ano, com a Professora Ana Arada / From the 2nd grade, with the teatcher Ana Arada:



      Do 3º ano, com a Professora Susana Gama / From the 3rd grade, with the teatcher Susana Gama:


       Do 4º ano, com a Professora Carla Ribeiro / From the 4th grade, with the teatcher Carla Ribeiro:


        Um bom Natal para todos e que entrem com o pé direito no novo ano e num novo período não menos trabalhoso que o anterior.
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      A good Christmas to all and hope that you enter in the new year and in a new term with the right foot, that will with not less work than the last one.

Ana Arada 

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"Só voa quem se atreve a fazê-lo" / "Only those who dare to fly to do it."

      
       Uma maravilhosa história foi trabalhada no passado mês pelas turmas do 1º Ciclo: História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar de Luís Sepúlveda, terminando com uma ida ao teatro assistir à peça O gato preto e a gaivota cor-de-prata, baseada na mesma obra.

       Apesar de não ser grande conhecedora de todas as obras deste autor, das que li, esta é sem dúvidas a mais bonita e aquela que nos dá o mais belo dos ensinamentos. A verdadeira entrega pelo outro encontra-se bem retratada, pois o gato Zorbas viu-se obrigado a cumprir 3 promessas que iriam contrariar os seus instintos felinos: não comer o ovo deixado pela gaivota Kengah, cuidar da gaivota que iria nascer à qual puseram o nome de Ditosa e, muito importante, ensiná-la a voar.

       Para além desta missão do gato Zorbas, junta-se a fidelidade e o empenho dos seus amigos gatos em fazer com que ele seja bem sucedido na difícil tarefa que lhe foi confiada.

       Apesar de não ser uma obra recomendada pelo Plano Nacional de Leitula para o 1º Ciclo, esta foi lida por partes e de uma forma simples e lúdica, pela qual os nossos alunos, desde o 1º ao 4º ano, ficaram apaixonados.

       Deixo aqui duas lindas frases que ficaram na memória dos meus alunos que se encontram no 2º ano:
       
          “É muito fácil aceitar e gostar dos que são iguais a nós, mas fazê-lo com alguém diferente é muito difícil, e tu ajudaste a consegui-lo”

           “Só voa quem se atreve a fazê-lo”.

       É um livro que pequenos e graúdos deveriam ler!
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      A wonderful story was worked in the past months by the students of the Primary School: The Story of a Seagull and the Cat who taught her how to fly by Luis Sepulveda, ending with a trip to the theater to see the play The black Cat and the colored silver Seagull based on the same work.

       Though not a great connoisseur of all works by this author, from what I read, this is undoubtedly the most beautiful and one that gives us the most beautiful teachings. The actual delivery by the other is well portrayed, because the cat Zorbas was obliged to fulfill three promises that would upset his feline instincts: do not eat the egg left by Kengah seagull, take care of the unborn seagull which put the Happy the name and, most importantly, teach her how to fly.

       In addition to this mission Cat Zorbas, joins the allegiance and commitment of his friends, the others cats, to help him to be successful in the difficult task entrusted to him.

       Although not a work recommended by the National Reading Plan for Primary School, this was read in parts and in a simple and fun way, by which our pupils, from the 1st to 4th grade, fell in love.

       Let me give two beautiful phrases that remain in memory of my students who are in 2nd grade:

                 "It's very easy to accept and love those who are like us, but do it with someone else is very difficult, and you helped to achieve it"

                 "Only those who dare to fly do it."

       It is a book that both children and adults should read!

Ana Arada